Oi. Tudo bem? Aqui é o Rafael.
Já te contei sobre meu primeiro livro, o romance “Dos que vão morrer, aos Mortos”, que será publicado pela Editora Urutau (clique para garantir o seu!).
Este livro é a realização de um sonho e também um exorcismo. É uma obra de ficção, mas baseada numa página de minha própria vida: a morte de minha mãe. Há 12 anos, o telefone de casa tocou. Minha mãe largou as panelas no fogo e atendeu a ligação. A voz, desconhecida da família, era de um homem.
Minha mãe saiu de casa imediatamente e nunca mais voltou. Seu corpo foi encontrado 36 horas depois, em outra cidade, e as circunstâncias jamais foram esclarecidas.
Eu já conhecia a morte, mas foi naquele dia que a compreendi. O luto, essa planta suculenta, é uma mãe-de-milhares que se reproduz infinitamente. Espalhada pelo sopro mais leve, capaz de brotar até na falha do rejunte dos azulejos e nutrida por uma gota d’água, logo ela toma conta do jardim. Sufoca todo o resto e, mesmo quando é arrancado do peito, o luto segue enraizado, pronto para ressurgir e virar solidão.
Tantos anos depois, resolvi transformar aquele luto em literatura, uma forma de exorcizar certos demônios e de garantir alguma permanência para os meus mortos e suas histórias.
Este livro começou a ser escrito em 2020 e vai ser publicado em breve. Para isso, sua ajuda é fundamental. Começa agora a fase de pré-venda. Você pode adquirir o livro digital ou o livro impresso e, se quiser, autografado (basta clicar aqui).
Como a edição ainda não acabou, vai demorar um tempinho para a obra chegar na sua caixa (de entrada ou de correio). Uma boa performance na pré-venda é necessária para garantir a publicação e também para definir a tiragem do livro.
Quer me ajudar a tornar esse sonho real e fazer meu livro voar? Garanta seu exemplar.
Deixo meu mais sincero agradecimento. Abaixo, segue um resumo feito pela escritora Marcela Dantés. Também de BH, Marcela foi finalista dos prêmios Jabuti e São Paulo de 2022.
*Por Marcela Dantés
Numa cidade de mais de dois milhões de habitantes, uma mãe morre e dilacera uma família inteira. Do outro lado do mundo, em festa, um filho tem que interromper a cavalgada em um avestruz para receber a notícia. Sua mãe está morta.
A cidade é Belo Horizonte, o filho, é Rafael, o narrador desse romance avassalador. Rafael é também o nome do autor deste livro, e eu e você não saberemos se é coincidência, ou um pouco mais que isso. Rafael, o autor, escolhe com cuidado as suas epígrafes, Laura Aleixo, Pedro Nava, Drummond, Gabriel García Marquez.
Os quatro, juntos, nos dão pistas do que vamos encontrar aqui, nesse "Dos que vão morrer, aos mortos": uma escrita da intimidade, voltas e voltas no cemitério, a morte tão insistente, inevitável, maldita, inadiável. O nosso lugar no mundo, aqui, onde nos morrem os nossos, no meio da nossa cara, uma ferida aberta. Até quando?
Rafael, o autor, dança com a morte como quem dança com um inimigo a quem se deve muito respeito, reverência e mesmo alguma admiração. Um inimigo que está do outro lado por causa das circunstâncias, e só.
Rafael, o personagem, talvez ainda não tenha descoberto a mesma força, ou resiliência, mas faz esse caminho, pelas ruas de uma Belo Horizonte que é inconfundível, apaixonante e que testemunha em silêncio a história de uma família que podia ser a minha ou a sua: que se quebra, se esfacela, se reencontra, se reconstrói. E depois outra vez.
Uma mãe, uma Laura, que podia ser a sua, a minha, que podia ser eu ou você, que se perde, que se quebra, que se encontra numa igreja também quebrada. Que morre e que com isso move mundos inteiros. Um livro para ser lido imediatamente. E depois outra vez. Se possível, nas ruas da cidade que, por sorte, é a do Rafael autor, a do Rafael personagem e, também, a minha.
Você pode adquirir o livro digital ou o livro impresso e, se quiser, autografado (basta clicar aqui).